Continuando nossa série de entrevistas com os palestrantes do nosso evento, entrevistamos o jornalista especializado em mídias digitais Márcio Ferreira. Ele será o responsável pelo workshop de relações públicas nesta quinta-feira. Confira o bate-papo!
Como você avalia as mudanças que as redes sociais estão causando na comunicação empresarial?
Aos poucos as empresas no Brasil estão começando a entender que podem usufruir do benefícios das redes sociais. É de se esperar que haja um tempo de maturação, de aprendizado. Há um certo frisson, uma certa tendência à ocupação do espaço da rede, nem que seja apenas para se colocar lá e depois ver no que vai dar. É necessário entender que a interação é a chave para estar na rede. O que penso é que teremos, num futuro não muito distante, mas empresas conectadas, em profunda interação com os consumidores, sob o risco de perderem um importante espaço num mercado que franco crescimento: o das relações.
Como usar a grande rede a seu favor ou de sua empresa?
Entendendo que as Redes Sociais são feitas de pessoas. Antes de tudo, da tecnologia, existem pessoas envolvidas. Esquecer isso é esquecer o básico de qualquer relacionamento. Empresas só conseguirão tirar proveito se entenderem que a forma de se relacionar só muda de canal, mas deve manter toda a preocupação que se teria também no offline. Então este online é uma continuidade. Deve se entender que a chave está no que já aprendemos a fazer no mundo real, apenas transportando para o mundo virtual.
As redes sociais estão tornando os consumidores mais participativos. Como lidar com a atual influência desse consumidor sobre os outros membros da rede?
Há neste momento um empoderamento que vem de uma ação coletiva desenvolvida pelos indivíduos quando participam de espaços privilegiados de decisões, de consciência social. Isso é o que está dando este caráter de influência. O respeito a este novo consumidor ajuda, e muito, a conquistá-lo. Ajuda a fidelizá-lo. E, novamente, passamos pela construção do relacionamento a partir das técnicas e das ferramentas já consagradas pela comunicação.
Que dicas você daria para os estudantes de comunicação que pretendem trabalhar com a assessoria de comunicação ou de imprensa?
Entendam que é necessário conhecer a comunicação em toda a sua essência. Abandonem os nichos, os guetos. Não se prendam apenas a uma segmentação. O bom assessor de comunicação, o bom assessor de imprensa, pensa em 360º. Pensa o todo da Comunicação. Ele não é só jornalista, só Relações Públicas, ou só Publicitário. Ele é comunicólogo.
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