A jornalista e editora da TV Record Rio, Ana Paula Goulart, nos conta um pouco mais sobre o cotidiano da redação na entrevista abaixo!
Acesso: Por que você escolheu a área da Comunicação Social?
Ana Paula: Sempre fui muito comunicativa e acho que seria pouco honesto não vivenciar profissionalmente exatamente o que sou. Quando se faz aquilo que se gosta, as coisas fluem com mais leveza. A pessoa se entrega de corpo e alma, vai além de uma simples conquista de emprego. Sou feliz por isso! Em verdade, creio que a pessoa já nasça jornalista. Isso deve justificar porque eu sempre fui tão bisbilhoteira... Desde menina queria saber de tudo na frente das pessoas para poder contar da minha forma. Uma curiosa de plantão!
Acesso: Como se deu a sua trajetória no jornalismo?
Ana Paula: Ainda na Faculdade queria fazer tudo ao mesmo tempo e para ontem... Sempre refém do Deadline, até hoje sou! Quando aparecia uma oportunidade (de qualquer coisa) eu sempre me prontificava. Acho que isso me ajudou muito nas minhas conquistas profissionais.
Acesso: O que você poderia destacar de mais interessante na rotina de seu trabalho como jornalista?
Ana Paula: A responsabilidade de traduzir a voz do povo, de fazer as escolhas certas, de determinar o que vai ou não ser assunto. Isso é muito sério! Somos responsáveis por afetar os telespectadores (com coisas boas e ruins), produzimos sentidos e sensações. O mais interessante para mim é poder estar atenta a tudo isso tudo e, ao mesmo tempo, resistir a pressão aplicada em um fechamento do jornal. Assim, não perdemos o poder de crítica e nem banalizamos todas as histórias que lidamos diariamente.E olha que são muitas e variadas...
Acesso: Como é trabalhar na edição de texto para TV?
Ana Paula: É tudo de bom! É o momento de montar o quebra-cabeça, de deixar a matéria mais atraente, de escolher as melhores falas, os melhores takes, dar o melhor de si em tão pouco tempo. Tem um pouco a ver com a resposta anterior.
Já passei por quase todas as funções em TV. Posso seguramente afirmar que o meu lugar é na edição!
Acesso: Como integrante da Rede de Pesquisa em Telejornalismo da Associação Brasileira de Pesquisa em Jornalismo (SBPJOR), quais os temas já abordados em suas pesquisas?
Ana Paula: Trabalho com a análise das câmeras de vigilância e vídeos amadores, conceituado por mim de Telejornalismo Apócrifo. Com suporte nas Novas Tecnologias, basicamente a web 2.0, experimentamos hoje uma explosão do uso dessas imagens nos telejornais. Muito tem se discutido sobre jornalismo participativo/colaborativo; mas o ponto principal do meu trabalho é a usabilidade desse material pelas empresas jornalísticas e a responsabilidade dessa exposição que, em princípio, parece inofensiva. No entanto temos uma enxurrada desse material oriundo, muitas vezes, dos poderes públicos cedidos à TV . E esse é um conteúdo extraído de profissionais alheios à Instituição jornalística. E é aí que pode morar o perigo! Longe de negar o uso das Novas Tecnologias a favor do Jornalismo, a minha pesquisa se concentra em interpretar essa tendência evidenciada nos programas locais, nacionais e internacionais.
Acesso: Qual será o enfoque da sua palestra em “Além das Câmeras”?
Ana Paula: Bom, vou falar sobre os Desafios Contemporâneos na redação de TV. Isso inclui o cotidiano da redação, a relação do editor com o repórter, o trabalho em equipe de TV.Para ilustrar vou usar alguns vídeos na linha em que pesquiso já citada anteriormente.
Outro ponto da palestra será a forma como foi construída uma série chamada de Ponto Final ,que inclusive concorre a um Prêmio aqui no Rio, e curiosamente foi feita por um ex aluno da UFJF, o repórter Philipe Guedes.
E aí!? Vai ficar de fora dessa? A palestra acontece dia 20 de outubro, às 15hrs, no Anfiteatro da Facom. Se inscreva agora mesmo na sede da Acesso ou pelo email contato@acessojr.com. Outras informações: (32)2102-3614
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