Graduado em Publicidade e
Propaganda pela Cásper Líbero, master em projetação gráfica e direção de arte
no Instituto Europeu de Design em Roma, na Itália, no ano de 2005 e mestrando
em comunicação com o tema "A pregnância da forma e a recepção da mensagem
publicitária." Alexandre Reibaldi trabalha como diretor de arte desde 1997.
Atualmente, trabalha como professor na Faculdade Casper Líbero e também como
diretor de criação na agência Crtl+D. Acumula passagens em grandes empresas do Brasil e
do mundo.
1 - A Publicidade e a Propaganda
estão cada vez mais próximas da realidade das pessoas, quais são os
pontos positivos e os pontos negativos dessa aproximação?
Publicidade é importante,
é informação sobre um produto. Além disso, ajuda a movimentar toda a economia -
é um grande propulsor. O problema existe no
momento em que as pessoas não sabem ao certo quando estão sendo atingidas pela
propaganda ou quando a mesma é uma simples manifestação cultural; quando os limites
não estão bem estabelecidos entre informação honesta e propaganda.
2 - Qual é o papel do público no desenvolvimento
da publicidade?
O feedback é
a base da cultura da informação. Saber o que o público pensa e como ele age,
mesmo através de pesquisas ou relatórios de sistemas de informação (como a
internet), é transformá-lo de público passivo a cocriador.
3- Vemos hoje um grande número de agências
publicitárias sendo criadas e de muitos publicitários se formando. Qual o
diferencial que a Casper Líbero possui na formação do aluno e qual o
diferencial que a Agência Ctrl + D oferece para os clientes?
Procurar um diferencial
em um mercado que é feito de diferenciais é difícil. Na Ctrl+d trabalhamos o
conceito de Shortcut Experience, que suprime alguns passos e deixa
a criação com a possibilidade de interpretar o briefing antes
do inicio da execução do job. Já a Cásper oferece uma estrutura de curso que
prepara os alunos ao longo dos anos com diversos projetos (Inicial, Criar,
Cidadão, Concorrencial e Experimental), deixando-os aptos ao mercado de
trabalho.
4 - Quais foram os trabalhos de
maior relevância de sua carreira?
O primeiro grande
trabalho de que participei foi uma campanha nacional para a Volkswagen, chamada
Vírus na Rede, na qual um vírus entrava nos computadores das concessionárias e
abaixava os preços. Logo em seguida, em 2002, ganhei o 3º lugar em um
prêmio da Apple com um anúncio dos Doutores da Alegria e em 2003, o Prêmio
Samsung de Criatividade como o melhor da América Latina.
Na Itália, fiz campanhas
para o jornal Il Messaggero (um dos maiores do país), bem como
participei da mais importante agência de eventos da Europa, a K-Events, que na
época trabalhou com os Jogos Olímpicos de Inverno de Turim.
Voltando ao Brasil,
trabalhei na DPTO. com as contas da Todeschini, AMD e muitas
outras. Antes de abrir a minha agência, participei da criação de campanhas da
Chilli Beans. Hoje na Ctrl+D já criamos mais de 80 embalagens para a Bunge, anúncios
para Abril, Abbott e muitos outros.
5 - O que os estudantes de
comunicação podem esperar do mercado publicitário em que serão inseridos?
O mercado está cada vez
mais competitivo e as qualidades cada vez mais equiparadas. Infelizmente é uma
luta. Os estudantes/profissionais se sujeitam a trabalhar mais e ganhar menos
pelo amor à profissão. Em compensação, o mercado está em franco crescimento,
com diversas ramificações e áreas de atuação a escolher: eventos, internet,
comunicação interna, entre outras.
6 - O que as pessoas podem
esperar de sua participação no evento?
Uma análise crítica e bem
humorada sobre a comunicação publicitária, especialmente da comunicação de
guerrilha, e como enxergar o mundo com um olhar mais crítico.
Entrevista por Fabrício
Andrade
Membro do Núcleo de
Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.