terça-feira, 13 de novembro de 2012

Publicidade para entreter


Se em um momento anterior os publicitários perdiam os cabelos pensando em formas de fazer o público aceitar o produto que eles vendiam, agora eles querem apenas deixar esse público mais leve. Acompanhando a evolução do comportamento social que a cada vez mais apresenta afazeres, a publicidade quer proporcionar exatamente o descanso e a paz que procuramos depois de um longo e estressante dia.  

Com as transformações no modo como o público recebe a mensagem do produto, com “a maior autonomia do consumidor, o fracasso das mídias tradicionais, (o sistema de intrusão perde força e aumenta a sedução pelo cliente, ou seja, na mídia quem mandará será a escolha feita pelo consumidor e não o que o anunciante oferecer). Com o desmonte do sistema tradicional, as soluções estão em publicidade de longo formato com caráter de diversão.” É o que sugere Scott Donatton em seu livro “Madison & Vine*: Why the Entertainment and Advertising Industries Must Converge to Survive”. 

Com essas propostas inovadoras para cativar os consumidores, os profissionais de publicidade acabam promovendo um apego às marcas. Essa consideração vira divulgação passiva e essa divulgação chancela os produtos da marca por todos os lugares. Isso é o que chamamos de lovemarks, e você pode saber mais acessando  http://www.acessojr.com/blog/?p=1141. 

Quem nunca quis criar algo bem diferente com alguns post its, por exemplo. Esse desejo é resultado da própria mudança de divulgação da marca deles. Eles apresentaram o produto marcando além da funcionalidade dele enquanto produto, também como um objeto de entretenimento. Há muitas peças oficiais da marca, mas hoje os lovers do post it também fazem a publicidade do produto, simplesmente por terem sido impactados de uma forma diferente.


Seja instigando a mostrar seu amor pela marca, seja apresentando um novo produto ou indicando como você deve se vestir, comer e o que deve ter no seu quarto, a publicidade e a propaganda estão cada vez mais ligadas às vivências pessoais. Mas é o consumidor que molda o produto ou o produto que modifica o consumidor?

Texto por Daniel Aguiar

Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr. 

Um comentário:

  1. Bem interessante... pensando nessa ultima pergunta eu acredito que tanto o consumidor molda quanto o produto, visto que por mais que o consumidor pense e efetivamente tenha autonomia, esta está restrita ao um campo de consumismo. Ou seja, o consumidor "decide" sobre produto, mas independente disso ele vai consumir por estar cercado pelo mercado o tempo todo.

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