terça-feira, 27 de novembro de 2012

Entrevista - Alexandre Reibaldi



Graduado em Publicidade e Propaganda pela Cásper Líbero, master em projetação gráfica e direção de arte no Instituto Europeu de Design em Roma, na Itália, no ano de 2005 e mestrando em comunicação com o tema "A pregnância da forma e a recepção da mensagem publicitária." Alexandre Reibaldi trabalha como diretor de arte desde 1997. Atualmente, trabalha como professor na Faculdade Casper Líbero e também como diretor de criação na agência Crtl+D. Acumula passagens em grandes empresas do Brasil e do mundo.

 1 - A Publicidade e a Propaganda estão cada vez mais próximas da realidade das pessoas, quais  são os pontos positivos e os pontos negativos dessa aproximação?

Publicidade é importante, é informação sobre um produto. Além disso, ajuda a movimentar toda a economia - é um grande propulsor. O problema existe no momento em que as pessoas não sabem ao certo quando estão sendo atingidas pela propaganda ou quando a mesma é uma simples manifestação cultural; quando os limites não estão bem estabelecidos entre informação honesta e propaganda.
  
2 -  Qual é o papel do público no desenvolvimento da publicidade?

feedback é a base da cultura da informação. Saber o que o público pensa e como ele age, mesmo através de pesquisas ou relatórios de sistemas de informação (como a internet), é transformá-lo de público passivo a cocriador.

3-  Vemos hoje um grande número de agências publicitárias sendo criadas e de muitos publicitários se formando. Qual o diferencial que a Casper Líbero possui na formação do aluno e qual o diferencial que a Agência Ctrl + D oferece para os clientes?

Procurar um diferencial em um mercado que é feito de diferenciais é difícil. Na Ctrl+d trabalhamos o conceito de Shortcut Experience, que suprime alguns passos e deixa a criação com a possibilidade de interpretar o briefing antes do inicio da execução do job. Já a Cásper oferece uma estrutura de curso que prepara os alunos ao longo dos anos com diversos projetos (Inicial, Criar, Cidadão, Concorrencial e Experimental), deixando-os aptos ao mercado de trabalho.

4 - Quais foram os trabalhos de maior relevância de sua carreira?

O primeiro grande trabalho de que participei foi uma campanha nacional para a Volkswagen, chamada Vírus na Rede, na qual um vírus entrava nos computadores das concessionárias e abaixava os preços. Logo em seguida, em 2002, ganhei o 3º lugar em um prêmio da Apple com um anúncio dos Doutores da Alegria e em 2003, o Prêmio Samsung de Criatividade como o melhor da América Latina.

Na Itália, fiz campanhas para o jornal Il Messaggero (um dos maiores do país), bem como participei da mais importante agência de eventos da Europa, a K-Events, que na época trabalhou com os Jogos Olímpicos de Inverno de Turim.

Voltando ao Brasil, trabalhei na DPTO.  com as contas da Todeschini, AMD e muitas outras. Antes de abrir a minha agência, participei da criação de campanhas da Chilli Beans. Hoje na Ctrl+D já criamos mais de 80 embalagens para a Bunge, anúncios para Abril, Abbott e muitos outros.

5 - O que os estudantes de comunicação podem esperar do mercado publicitário em que serão inseridos?

O mercado está cada vez mais competitivo e as qualidades cada vez mais equiparadas. Infelizmente é uma luta. Os estudantes/profissionais se sujeitam a trabalhar mais e ganhar menos pelo amor à profissão. Em compensação, o mercado está em franco crescimento, com diversas ramificações e áreas de atuação a escolher: eventos, internet, comunicação interna, entre outras.

6 - O que as pessoas podem esperar de sua participação no evento?

Uma análise crítica e bem humorada sobre a comunicação publicitária, especialmente da comunicação de guerrilha, e como enxergar o mundo com um olhar mais crítico.


Entrevista por Fabrício Andrade
Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.





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