segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O que dizem por aí...

No dia 11 de dezembro, a Acesso realizou o I ComunicAcesso, com o nome “Vida Publicitária, Peça Real: Quando a vida virou uma propaganda”. A programação do evento incluía palestras com publicitários de agências como a Buena Vista Marketing Guerreiro, da cidade de Juiz de Fora, CRTL+D Publicidade, de São Paulo, e também, com um professor da ESPM do Rio de Janeiro. Após as palestras, os participantes do evento escolheram um dos três painéis de debates ministrados por profissionais de diferentes agências da cidade, para participar. 
 
“A organização do Comunicacesso está de parabéns. O evento como um todo foi muito interessante e a temática abordada nos deu uma noção de como é o mercado de trabalho em publicidade. Muitas vezes, os alunos do curso de jornalismo aqui da UFJF entram na faculdade com vontade de cursar publicidade, mas por ser uma universidade federal acabam ingressando e deixando um pouco de lado essa vontade. Na nossa grade só tem uma disciplina que aborda essa temática e assistindo às palestras e participando das oficinas, deu pra ter um panorama de como é essa área tão ligada ao jornalismo. Ter esse contato com profissionais altamente capacitados e que lidam diariamente com o mercado foi muito bom e acho que deveriam ter mais eventos como esse na faculdade”.
Leonardo Alves, aluno do 4º período da Facom.


“O tema deste ano não poderia ter sido melhor. Na Facom, o interesse pela área de publicidade é grande, mas as matérias oferecidas não suprem essa necessidade. Esses eventos esclarecem muitas dúvidas sobre campos específicos da comunicação, despertam o interesse de quem não conhece bem o assunto, além de estabelecer contato com grandes profissionais da área.
Ver exemplos que dão certo, participar de mesas de debates e conhecer o que está rolando de mais importante no mundo da publicidade foi extremamente importante para mim, pois mesmo gostando desse campo, sou limitada pela falta de abordagem dentro da faculdade. Parabéns à Acesso por inovar, trazer para a Facom algo que foge do nosso cotidiano”. 
Michele Ferreira, estudante do 5º período da Facom.


“Sobre o tema, posso falar que vocês abordaram de forma bem coerente e direta as três palestras, e seus respectivos ministrastes estavam bem cientes do tema e tangeram as palestras de acordo com ele. Falo isso porque também faço parte da organização de congressos e sei que não é sempre assim. Para mim, foi bastante enriquecedor, pois conheço pouco sobre o assunto, mas gosto muito. Já vi algumas coisas sobre psicologia e propaganda, assunto que os três palestrantes também abordaram. Achei um tema muito atual, que está em alta e todos ali estavam curiosos e atentos, o que tornou bem mais dinâmica tanto as palestras quanto os painéis. Quanto à organização do evento, a Acesso se mostrou muito capaz, o envolvimento e interesse de todos os membros, o cuidado com cada detalhe foi visível, parabéns a todos da organização, e gostei de ver os trainees trabalhando também”.
Ernani Gomes, Presidente da Apsi Consultoria Jr.


“Incrível encontrar pessoas tão dispostas a ouvir, nessa época em que a maioria está mais disposta a dispersar. Poder compartilhar o que vejo há 16 anos nesse mercado, com pessoas tão ansiosas a fazer parte dele, me deixa muito feliz. Ver que ainda existem pessoas tão apaixonadas quanto eu só me enche de esperança. Fazer a diferença de um jeito diferente. É isso que aguardo e espero ter passado. O mundo muda todos os dias e a formação não pode ser diferente. É muito gratificante poder doar um pouco do que acumulei. Afinal, o que propagamos é o que se perpetuará de nós. Obrigado pela receptividade de todos. Amei estar com vocês”.

Marcio Morgade, Sócio-Diretor de Criação na empresa Bendita Soluções e professor na ESPM  Rio.

Texto por Nathália Corrêa
 Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Vida Publicitária, Peça Real: Quando a vida virou uma propaganda"


O I ComunicAcesso está chegando. Hoje, dia 11 de dezembro, o Anfiteatro da Faculdade de Comunicação Social da UFJF receberá grandes nomes do cenário publicitário regional e nacional. O evento que nesta edição traz o tema “Vida publicitária, peça real: Quando a vida virou uma propaganda”, possui uma programação diferenciada, que unirá palestras, painéis de debate, coffee break e sorteios durante toda uma tarde. O credenciamento acontecerá às 13h em frente ao Anfiteatro. A programação do evento é a seguinte:  

        
14h – Palestra Alexandre Reibaldi

Professor na Casper Líbero em São Paulo e Diretor de Criação na agência Ctrl + D

Tema: A interpretação de signos publicitários, os dois lados da comunicação. Uma reflexão de como somos atingidos pela publicidade e como atingir o nosso público.



15h30 – Palestra Guilherme Leitão

Sócio-diretor e Diretor de Criação na Buena Vista Marketing Guerreiro

Tema: A relação entre a vida das pessoas e as mídias sociais, trazendo uma vivência prática da publicidade e propaganda, com a apresentação de cases e discussão com o público presente.


16h30 – Coffee Break


17h – Painéis de Debate:

Vinicius Zaghetto

Empresário e Diretor de Criação da Trópico Propaganda

Tema: O que as empresas e as agências podem aprender com as manifestações espontâneas do público. Tratando o tema através de uma abordagem sobre a miopia de empresas que acreditam que é fácil "criar virais" ou "criar memes”.



Tarcízio Dalpra Jr.

Professor na Faculdade Estácio de Sá e Diretor de Criação na Buena Vista

Tema: Como a propaganda invade a vida das pessoas e se confunde com o cotidiano através do buzz. Apresentação de cases sobre o tema.


Marcos Villas Boas

Professor na Faculdade Estácio de Sá, Sócio-diretor e Diretor de Criação na República

Tema: Como a vida real está influenciando a propaganda: as novas formas de comunicação a partir de um novo processo comunicacional.




 

18h – Palestra Márcio Morgade

Professor na ESPM no Rio de Janeiro e Sócio-diretor da agência Bendita

Tema: Não se fazem mais consumidores como antigamente
  


19h 10 - Encerramento



Texto por Fabrício Andrade
Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.

 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Entrevista - Marcos Villas Boas


Possui graduação em Comunicação Social pela UFJF (1995) e especialização em Marketing pela UFJF (2003). Atualmente é professor das disciplinas Redação para Mídias Gráficas, Redação para Mídias Audiovisuais, Produção para Mídias Audiovisuais, Comunicação Integrada de Marketing, Mídias Alternativas e Introdução às Profissões na Estácio de Sá. É sócio-diretor da República Comunicação, onde atua como Diretor de Criação. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Propaganda e direção para rádio e televisão.

1 – Marcos, como a vida real está influenciando a propaganda?

Estamos vivendo uma verdadeira revolução no processo de comunicação, onde o consumidor recebe mais e mais poder. Essa mudança vem alterando o seu comportamento e afastando-o radicalmente das formas tradicionais de persuasão. A propaganda está mudando muito em função disso, descobrindo novas formas de sedução, sendo altamente influenciada por esse novo espírito que surgiu com a internet.

2 – Vemos que a comunicação é um meio em constante transformação. Qual é o papel do público neste contexto?
Na propaganda não existe comunicação sem adequação da mensagem ao público. Nesse sentido, seu papel é fundamental e determinante na elaboração de qualquer estratégia.

3 – Quais características os profissionais da publicidade devem desenvolver para se adequarem a esta realidade?
Devem abrir a mente e o coração para as novas formas de comunicação que estão surgindo, devem ter uma visão ampla, sem preconceitos. Devem ser ágeis, dinâmicos e criativos. E o que não muda nunca: devem ter um amplo conhecimento, boas referências cinematográficas, literárias, musicais, etc. Devem ter um bom repertório, muita curiosidade e vontade de fazer diferente sempre.

 4 – Qual o diferencial da República no cenário publicitário regional?
A República é uma agência completa e integrada ao negócio do cliente, buscando sempre o melhor resultado para ele. Somos a agência mais premiada nos 10 anos do Clube de Criação de Juiz de Fora. Inclusive, ganhamos na última terça feira, 14 prêmios, incluindo os Grand Prix de 2010 e 2011. Fomos duas vezes finalistas no Profissionais do Ano (prêmio da TV Globo), ganhamos Grand Prix no Tubal Siqueira e 4 prêmios no Comunica Minas, prêmio máximo da propaganda mineira. Acredito que nosso grande diferencial seja a busca constante pela ideia mais inovadora, mais criativa. É a alma de uma agência de propaganda, é a nossa alma.

5 – O que as pessoas podem esperar de sua participação no evento? 
Um bom bate papo. Eu amo conversar sobre propaganda.

Entrevista por Fabrício Andrade
Membro do Núcleo de Jornalismo – Acesso Comunicação Jr

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Entrevista - Vinicius Zaghetto


Vinicius Zaghetto é formado em Administração de Empresas. No ano de 1993, iniciou sua carreira na área da comunicação com uma pequena agência. Hoje, atua como diretor de criação na Trópico Propaganda, na qual é um dos fundadores.

Vinícius já ganhou o prêmio Tubal Siqueira, um dos maiores festivais do interior do Brasil, além de já ter sido indicado à final do Prêmio Profissionais do Ano, da Rede Globo de Televisão.


1- As reações do público em relação às peças publicitárias são cada vez maiores. Como as agências de publicidade podem tirar proveito dessas manifestações?

Na verdade, a era da publicidade gerada somente pela marca está com os dias contados. Pode parecer um exagero, mas é só olhar as redes sociais para ver que, no fundo, e há muito tempo, o poder vem do público. Os grandes hits da web são gerados por pessoas comuns, ainda que de forma descontrolada. Conseguir entender e controlar isso é o pulo do gato.

2- A Trópico está no mercado há oito anos. Como você destaca o diferencial que a agência oferece para a área da publicidade e propaganda?

Ser uma agência voltada para todos os lados, com um monitoramento permanente do que acontece no ambiente social. Facebook, Pinterest, Instagram, Twitter, entre outros.Trabalhamos com essas ferramentas, e, também pessoalmente, somos apaixonados por isso.

3- Quais aspectos você acredita que influenciaram na proximidade da publicidade e da propaganda com a realidade?

Exatamente o que eu disse anteriormente: participação e engajamento. As pessoas não são apenas espectadoras, mas são players dessa nova realidade. A Luiza que estava no Canadá é uma pessoa comum, filha de um famoso regional, também comum e era realmente um aspecto da vida deles retratado  no comercial. Pode parecer esquisito ou quase acidental, mas é um claro exemplo de como a realidade (da Luiza) e o engajamento (do público das redes) se encontraram e transformaram o fato num fenômeno. Há muito que se aprender com isso.

4- Qual o papel da criação na elaboração de uma peça publicitária ou uma propaganda?

O papel da criação é focado no objetivo. Não a criação pela criação, pela genialidade ou pelo preço gritando no intervalo. O foco, o objetivo é o importante. A criação nada mais é que uma resposta ao enunciado de uma questão.

5- Para aqueles estudantes que estão começando a trabalhar na área, qual o conselho que você deixa?

Sejam apaixonados por isso. Não se contentem, não aceitem nada sem questionar. É não fazer uma coisa por fazer, só para ficar “bacana” ou “bem sacado” ou mesmo “genial”. É fazer por um objetivo, por uma resposta. A criação é uma resposta ao enunciado, como eu disse e toda área de uma agência também deve se comportar dessa maneira.

6 - O que as pessoas podem esperar da sua participação no evento?

Podem esperar uma troca muito legal. Na verdade, tudo isso que eu disse nessa entrevista ou pelo menos boa parte, eu aprendi com as pessoas com quem trabalho ou trabalhei. Todo mundo ensina e todo mundo aprende. Por ser Diretor de Criação experiente e também empresário, tenho a tendência de querer resolver a questão às vezes com minha cabeça ou com as coisas que eu aprendi e acredito. Aí, de repente, alguém da equipe me faz uma pergunta e eu penso: “não sei a resposta.” É a hora que eu me questiono e aprendo, em vez de dirigir e ensinar. Isso é muito gratificante e, em um evento, a história é também a mesma.


Entrevista por Nathália Corrêa
Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Entrevista - Tarcízio Dalpra Jr.



Tarcízio Dalpra Jr. atua como publicitário, dramaturgo e professor. É formado em Comunicação Social pela UFJF, com MBA em marketing pela FEA-UFJF. Atual diretor de Criação da Buena Vista Marketing de Guerrilha e professor das disciplinas de Criação e Redação Publicitária na Faculdade Estácio de Sá, tem forte atuação na área de marketing político. Seu portfólio conta com premiações no ShowUp da Revista Meio&Mensagem, Clube de Criação de Juiz de Fora e Prêmio Tubal Siqueira. Na dramaturgia, com três livros publicados, conquistou por duas vezes o Grande Prêmio Minas de Dramaturgia (2006-2008) e o Concurso Nacional de Dramaturgia (2009).

1 - Com base em quais ideais desse meio publicitário a Buena Vista foi criada?       

A Buena Vista, enquanto estrutura, é relativamente recente, com pouco mais de dois anos no mercado de Juiz de Fora. No entanto, o novo modelo de agência surgiu da fusão de três agências até então muito tradicionais no mercado publicitário de Juiz de Fora: Samba Propaganda, Signa Comunicação e Mostarda Propaganda. Hoje a Buena Vista tem escritórios em Cabo Frio e Ribeirão Preto, atendendo a clientes de todo o Brasil. O conceito da empresa gira em torno do "espírito guerreiro", uma forma de atuação ousada, que coloca o resultado para o cliente acima de tudo. Para a Buena Vista, não existem fórmulas ou regras. As soluções de comunicação podem estar em um simples filme de 30" para a TV, ou em uma ousada estratégia de guerrilha que sequer passe pelas mídias de massa. Planejamento, estratégia e criatividade formam o tripé sobre o qual se sustenta o modus operandi da Buena Vista.

2 - Nesse mundo globalizado, como podemos relacionar a redação publicitária nas diferentes mídias sociais?

A ideia de uma linguagem padrão, única em estética e conteúdo foi por terra há algum tempo. Se há 20 anos as linguagens de TV, rádio e mídia impressa já apresentavam um certo distanciamento, hoje, com a explosão das novas mídias o texto publicitário precisa se adequar cada vez mais às especificidades do meio. Termos, expressões, neologismos surgem a cada dia, sobretudo nas redes sociais. Não existe mais um "modelo de anúncio". A linguagem publicitária está sendo reconstruída, experimentada, reinventada. E os conceitos criativos globais devem ser fortes o suficiente para serem entendidos em cada mídia, em cada cultura. Esse é o grande desafio do publicitário atual.   

3 - No seu ponto de vista, como é o mecanismo de poder que a publicidade e a propaganda atuam sobre as pessoas? 

A persuasão sempre foi a base da boa propaganda. Invadir o imaginário do consumidor, fazê-lo sonhar, criar desejo. E quando a gente fala de canais (os novos e os "velhos") que atingem bilhões de pessoas em todo o mundo, a gente está falando sim de poder. Poder de tensionar a cultura, mudar comportamentos, eleger presidentes... O que o publicitário/comunicador não pode é subestimar a inteligência e a capacidade de discernimento do seu consumidor. O acesso quase irrestrito à informação, trazido pela internet, gera, inevitavelmente, receptores mais críticos, antenados, desconfiados. O império das mídias de massa está ruindo, e o receptor começa a tomar as rédeas da situação. É certo que nesse mar de referências os factóides ganham espaço, e a propaganda, muitas vezes, tenta utilizá-los como estratégia de abordagem. O que pode não funcionar, como vamos abordar no workshop.    

4 - Qual será o enfoque de seu painel de debate no evento?

Vamos discutir exatamente essa inversão de valores entre mídias e receptores. Vamos falar de como o consumidor tem ganhado poder através das novas mídias. Vamos abordar estratégias de buzz marketing bem e mal sucedidas. Discutir os erros, os acertos e, principalmente as tendências dessa "nova abordagem publicitária".

5 - Finalizando, o que o público pode esperar de sua participação no evento?

Muita discussão, reflexão e dinâmicas. Como disse anteriormente, não vamos trabalhar com conceitos prontos, pré-formatados. Temos um fazer publicitário em plena fase de reinvenção. Vamos apresentar cases internacionais, nacionais e regionais - alguns em que eu mesmo trabalhei dirigindo a criação -, erros e acertos, enfocando sempre o poder viral da nova comunicação.


Entrevista por Marcela Valladares
Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.