Vinicius Zaghetto é formado em Administração de Empresas. No
ano de 1993, iniciou sua carreira na área da comunicação com uma pequena
agência. Hoje, atua como diretor de criação na Trópico Propaganda, na
qual é um dos fundadores.
Vinícius já ganhou o prêmio Tubal Siqueira, um dos maiores
festivais do interior do Brasil, além de já ter sido indicado à final do Prêmio
Profissionais do Ano, da Rede Globo de Televisão.
1- As reações do público em relação às peças publicitárias são cada vez maiores. Como as agências de publicidade podem tirar proveito dessas manifestações?
Na verdade, a era da
publicidade gerada somente pela marca está com os dias contados. Pode parecer
um exagero, mas é só olhar as redes sociais para ver que, no fundo, e há muito
tempo, o poder vem do público. Os grandes hits da web são gerados por pessoas
comuns, ainda que de forma descontrolada. Conseguir entender e controlar isso é
o pulo do gato.
2- A Trópico está no mercado há oito anos. Como você destaca o
diferencial que a agência oferece para a área da publicidade e propaganda?
Ser uma agência voltada
para todos os lados, com um monitoramento permanente do que acontece no
ambiente social. Facebook, Pinterest, Instagram, Twitter, entre outros.Trabalhamos
com essas ferramentas, e, também pessoalmente, somos apaixonados por isso.
3- Quais aspectos você acredita que influenciaram na
proximidade da publicidade e da propaganda com a realidade?
Exatamente o que eu
disse anteriormente: participação e engajamento. As pessoas não são apenas
espectadoras, mas são players dessa nova realidade. A Luiza que estava no
Canadá é uma pessoa comum, filha de um famoso regional, também comum e era
realmente um aspecto da vida deles retratado no comercial. Pode parecer esquisito ou quase
acidental, mas é um claro exemplo de como a realidade (da Luiza) e o
engajamento (do público das redes) se encontraram e transformaram o fato num
fenômeno. Há muito que se aprender com isso.
4- Qual o papel da criação na elaboração de uma peça
publicitária ou uma propaganda?
O papel da criação é
focado no objetivo. Não a criação pela criação, pela genialidade ou pelo preço
gritando no intervalo. O foco, o objetivo é o importante. A criação nada mais é
que uma resposta ao enunciado de uma questão.
5- Para aqueles estudantes que estão começando a
trabalhar na área, qual o conselho que você deixa?
Sejam apaixonados por
isso. Não se contentem, não aceitem nada sem questionar. É não fazer uma coisa
por fazer, só para ficar “bacana” ou “bem sacado” ou mesmo “genial”. É fazer
por um objetivo, por uma resposta. A criação é uma resposta ao enunciado, como
eu disse e toda área de uma agência também deve se comportar dessa maneira.
6 - O
que as pessoas podem esperar da sua participação no evento?
Podem esperar uma troca muito legal. Na verdade,
tudo isso que eu disse nessa entrevista ou pelo menos boa parte, eu aprendi com
as pessoas com quem trabalho ou trabalhei. Todo mundo ensina e todo mundo
aprende. Por ser Diretor de Criação experiente e também empresário, tenho a
tendência de querer resolver a questão às vezes com minha cabeça ou com as
coisas que eu aprendi e acredito. Aí, de repente, alguém da equipe me faz uma
pergunta e eu penso: “não sei a resposta.” É a hora que eu me questiono e aprendo,
em vez de dirigir e ensinar. Isso é muito gratificante e, em um evento, a
história é também a mesma.
Entrevista por Nathália Corrêa
Membro do Núcleo de Jornalismo - Acesso Comunicação Jr.
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